sábado, 24 de março de 2012

Manifestações Marcam Manhã e Tarde do Último Dia Final da Feira do Pólo Naval

Neste dia 23.03.2012 ocorreu uma manifestação e intervenção cultural na Universidade Federal do Rio Grande e na Feira do Pólo Naval. Onde durante o periodo da manhã, o Coletivo Énois.Lute!!! interrompeu o transito por alguns momentos. Distribuindo panfletos que exigiam  melhorias na qualidade de vida para a população. 



O Coletivo também, interviu em uma palestra da Feira Naval, exibindo cartazes feitos especialmente para o momento. 




E, pela tarde, ocorreu uma intervenção de caráter artístico cultural, onde uma Trupe de Clowns fizerem palhaçadas junto aos espaços do CIDEC - Feira Naval. Todavia, logo na entrada, dois Atores Palhaços, foram impedidos pela organização do evento de entrar, gerando profundo desconforto a todos. A organização argumentou... que os atores não estavam devidamente trajados para entrar nas dependências da Feirao. Os atores por usa vez falavam que não havia em nenhum lugar "é proibida a entrada de pessoas trajadas de palhaço neste local". De modo que a organização, depois de alguns gritos e manifestações calownescas... Acabou “permitindo” a entrada dos palhaços barrados de se credenciar. Mas, não foram somente os clowns que foram barrados na entrada. Moradores dos bairros do entorno que não portavam seus CPFs, também, foram sucessivamente impedidos de entrar. Com a Trupe completa, a intervenção teve muita palhaçada terminado de forma pacífica e tranqüila... Na intervenção foi encenada por um palhaço investidor, um palhaço prefeito, um palhaço cientista e palhaç@s operári@s, representando as desigualdades encenadas pela própria Feira e pelos investimentos externos.
(texto em aberto)

4 comentários:

  1. Parabéns, galera!!! Não pude estar pessoalmente com vocês, mas compartilho os sentimentos da manifestação, toda essa indignação é também minha... Ná próxima, estarei junto!!! ÉNOIS!!!

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  2. Tudo isso ok legal lutem pelo que acham certo. mas quais são os impactos ? pelo menos vocês sabem quais são , e tem base cientifica? e o impacto econômico? afinal oque vocês querem ? terminar com o polo naval? ou aparecer na mídia?

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  3. Olá seu comentário é muito importante. Pois incentiva nossas discussões. O Coletivo Énois.Lute!!! É formado de pessoas com diferentes histórias de vida, biografias, bases filosóficas, científicas e formação acadêmica também. Nesse sentido, são pessoas que debatem e vivem as discussões sobre os impactos geraos pelos investimentos industriais em seus cotidianos. Vários de nós acompanham os Estudos de Impacto Ambiental- EIA e Relatórios de Impacto Ambientais - RIMA. E, o que estamos observando é que parte dos impactos sociais, ambientais, culturais, de gênero, econômicos, etc. Na maioria das vezes são analisados de forma superficial e o embasamento científico utilizado, é para amenizar e agilizar os processos de licenciamento ambiental. Pois, o Ministério Público e os órgãos de licenciamento ambiental como a FEPAM são os responsáveis por bater o martelo, portanto, tem o poder de deferir o quanto de investimentos em ações mitigatórias cada investimento teria de fazer em Rio Grande para reduzir os impactos gerado. Por conseqüências, apoiando os poderes públicos e a Sociedade no Planejamento Urbano e Regional. Todavia o que temos vivido são efeitos da pressa política e econômica em habilitar a implantação de novos empreendimentos. Logo, a população e a qualidade de vida sofrem por isso. Na apresentação do EIA-RIMA do Estaleiro da EBR (Estaleiro Brasil) em São José do Norte, a presidência da empresa anuncio investimentos superiores a 30 milhões de reais, em ações mitigatórias e apoio ao planejamento urbano local. Todavia o quanto de recursos mitigatórios são anunciados para Rio Grande? O quanto já foi investido aqui? Onde estão os recursos advindos dos impostos gerados pelo Pólo Naval, pois para cada imposto, há sim, um retorno ao município. Onde está a contra partida social do Pólo Naval. São essas questões que queremos levantar e questionar junto a Sociedade. Saudações.

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  4. Parabéns ao grupo de manifestantes.Embora a intervenção tenha alguns temas centrais e que dizem respeito a população de Rio Grande, imagino que há uma missão que vai além. Fazer com que os homens e mulheres tenham a consciência de estarem questionando tudo o que lhes são empurrados por esse modelo econômico que favorece poucos e oprime a maioria dos seres humanos e nosso planeta como um todo. É preciso termos uma noção maior do sentido da alteridade, para que possibilite enxergarmos as coisas partindo do pressuposto de que não estamos só neste mundo, compartilhamos do mesmo espaço que se chama planeta terra. Estamos todos interligados(embora não pareça). Mais temos o dever de cuidarmos uns dos outros. A sociedade está num profundo adoecimento e no fundo nós sabemos qual é a causa disso tudo. Não é preciso embasamento cientifico algum para reconhecermos que está insustentável o nosso convívio calcado num sistema agressivo e explorador que torna-se cada vez mais poderoso em conseguir driblar a atenção de todos para atingir seus interesses. Enquanto ficarmos sentados e não conseguirmos pensar de maneira crítica e não estudarmos o meio em que vivemos, estaremos fadados a sempre repetir uma história com mais sangue e opressão.

    Iluminação na mente dos seres humanos. A maior revolução começa dentro do coração. Abraços.

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