No dia 5 de junho de 2012, em Brasília- DF, junto ao Movimento Estudantil Grevista da FURG, o M.E.21, o Coletivo esteve presente na Marcha dos Servidores Públicos em Defesa da Educação. A Marcha fez parte do calendário de luta da Greve das Instituições de Ensino Superior do Brasil e deve como objetivo pressionar o Ministério da Educação para que seja negociado o Plano de Carreira, além de mais verbas para a Educação.
Quase 20 mil pessoas marcharam em defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade. Entre as palavras de ordem unificadas entre servidores, docentes e discentes, destacamos: "Não tem dinheiro pro plano de carreira, mas tem dinheiro pro Carlinhos Cachoeira"; "É ou não é, piada de salão, tem dinheiro pra banqueiro mas não tem pra Educação".
Muitos estudantes estavam presentes firmando um novo tempo para o movimento estudantil nacional, que ressurge das cinzas com muita luta e vontade de gritar: "Quem disse? Quem disse que sumiu? Aqui está presente o Movimento Estudantil!". Durante a Marcha, dois manifestantes do Coletivo Enóis!!! Lute!!! mostraram as nádegas, em sinal de protesto com os rumos que a Educação do país vem tomando, criticando o biopoder, ou seja, criticando o controle sobre os corpos, as mentes e a vida da comunidade universitária, que o mercado vem colocando sobre as instituições de ensino. Libertando nossos corpos buscamos libertar as instituições ... Sejamos livres!!!
Em um segundo momento fomos para frente do Ministério do Planejamento, onde foram entoadas palavras de ordem e de agitação popular. Ali permanecemos por cerca de 1h. Logo após fomos convidados por representantes da Assembléia Geral de Estudantes Livres para continuarmos as mesmas intervenções em frente ao prédio do Ministério da Educação. Estávamos fazendo a agitação ate que os policiais ao invés de garantirem a nossa segurança e integridade física começaram a ser hostis e repressivos, nos impedindo de entrar no prédio do Ministério da Educação, local que deveria ser de livre acesso da comunidade, ainda mais de estudantes. E em um determinado o momento um rapaz com uma camiseta em volta ao rosto foi agredido pelo policial, que tentou retirar a camiseta à força. Inconformados com tal ato de violência, manifestantes se dirigiram a porta do prédio gritando: "Ocupar, resistir!!!". Spray de pimenta, gás, armas de choque e cassetetes foram usados pelos policiais para reprimir os manifestantes e instituir a ordem, ou seja, para manter o status quo da nossa sociedade reguladora dos corpos e das mentes. Enóis esteve lá, lutando...
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