No dia 23 de maio, segundo dia de ocupação da Reitoria, os grevistas ativos trancaram o trânsito, entraram em ônibus e panfletiaram convocando os estudantes para aderir à greve estudantil, esclarecendo sobre a pauta emergencial de cancelamento do calendário acadêmico, e a construção de pautas locais e nacionais. Depois dirigiram-se aos pavilhões, onde convocaram os estudantes que estavam em aula.
Por volta das 11h iniciou-se na Reitoria uma reunião do movimento para decidir como se daria o diálogo com o reitor. Os estudantes autônomos queriam que o reitor descesse de sua sala e conversasse diante de todos integrantes do movimento que estivessem no local. Já as entidades representativas (DCE, CA's e DA's) queriam uma reunião de portas fechadas, na qual representantes do movimento subiriam até a sala do Reitor e dialogariam com ele. Felizmente, em votação histórica, o movimento autônomo que acredita na auto-gestão venceu!
A votação se deu de uma maneira bastante simbólica, na qual os estudantes que queriam a reunião fechada posicionaram-se à direita do saguão, e os estudantes que queriam que o reitor descesse e falasse tête-à-tête posicionaram-se à esquerda. Cerca de 45 estudantes autônomos posicionaram-se à esquerda, enquanto as entidades permeadas pelos partidos atuais ditos de esquerda posicionaram-se à direita. Dois porta-vozes do grupo foram escolhidos e à tarde o reitor desceu e conversou com eles.
À noite houve reunião na qual os professores grevistas estiveram presentes dialogando com o movimento estudantil.
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